sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Prioridade na Inflação



Prioridade na Inflação

Não fugindo a regra geral de outros governos republicanos e democráticos, o governo Dilma escolhido merecedor pelo povo brasileiro para continuar na condição de inquilino do poder no Palácio do Planalto, a partir de primeiro de janeiro de 2015, esperou apenas três dias após o segundo turno das eleições presidenciais, para dar sinais de que a preocupação maior dos formuladores de política econômica, chama-se a  inflação.

Tal movimento encontra-se configurado na elevação das taxas de juros Selic, na última quarta-feira, quando ela saiu dos atuais 11% ao ano e foi para 11,25% ao ano, realizada pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central). Não aguardaram nem a ressaca das comemorações terminarem por parte da militância dos petistas e o crédito propalado pela própria presidente Dilma, como uma das variáveis condutora de  milhões de brasileiros, ao paraíso do consumo, ou seja, permitiu que uma parte considerável da sociedade, se enquadrasse na categoria de nova classe média, encareceria.

Todavia, esqueceu a aludida presidente de avisar talvez, a esses brasileiros ávidos pelo consumo, reprimido ao longo dos anos no país, que pagarão agora por um preço alto, como por exemplo, neste episódio de elevação das taxas de juros, a fatura acaba de chegar, antes mesmo de qualquer agente econômico do mercado fazer a sua previsão.

 Doravante, o paraíso ou o crédito fácil ficou mais caro, alguém terá que pagar a conta, sem dúvida, será a população que acreditou que as facilidades de acesso aos bens e serviços, continuariam e por conta de tais promessas  poderão ocupar mais facilmente o cadastro dos inadimplentes, haja vista, que outros aumentos já estão programados. Infelizmente! Como a conta da luz, a conta da água, as tarifas telefônicas e dos transportes públicos, além dos preços dos combustíveis, cujos realinhamentos de preços não ocorreram de forma gradual e racional, como manda o manual econômico.

Ao referir-se ao panorama político, se o “novo governo” não for feliz em nomear um interlocutor político, entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, o governo poderá amargar derrotas desagradáveis, na idônea casa congressual, o que não será interessante e nem plausível, para nenhum brasileiro, tendo em vista que o Brasil necessita de várias reformas urgentes, sobretudo, a política.

Para ressaltar, o PT embora ainda possua a maior bancada de deputados na Câmara, sai desta eleição com menos de dezoito deputados e no Senado ficará com a segunda bancada, porém, com um senador a menos, além do mais será o partido que governará o menor percentual do PIB, com 16,1%. Enquanto o PSDB continuará a governar a maior parcela do PIB, 44,4%. Em segundo lugar está o todo poderoso o PMDB, com 22,4%, com o maior número de governadores.

Relevante salientar, que o PMDB, já mandou um aviso ao Palácio do Planalto, que não aceitará o mesmo tratamento que lhe foi dispensado no primeiro mandato da senhora Dilma. Vai querer mais espaço no poder e brigará para continuar presidindo as duas casas do Congresso Nacional.

Dentro deste contexto de correlação de forças políticas que certamente refletirá no sistema econômico, resta ao povo brasileiro, aguardar as cenas dos próximos capítulos. Viva a democracia pátria!

José Alves de Azevedo
Economista
    
 
    


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