Olhar
para Frente
Semana
passada, a mídia impressa, a televisiva e a digital, ocuparam-se incessantemente
dos escândalos que afligiram a maior empresa do Brasil, a Petrobrás, devido aos
enormes atos de corrupção, cometidos pelos seus respectivos diretores de área,
em conluio obviamente, com os maiores partidos do Congresso Nacional, aliados às
tão conhecidas e caquéticas empreiteiras da construção civil e afins, financiadoras
das campanhas eleitorais, pelo Brasil à fora, o que não é novidade para
ninguém. Como bem disse o advogado de
Fernando Baiano, segundo as investigações policiais, considerado operador
financeiro do PMDB, numa frase lapidar, talvez visando colocar na condição de
vítima o seu cliente e as empreiteiras criminosas, quando alvejou em rede nacional,
que nas prefeituras do Brasil inteiro, em nenhuma delas se consegue um
contrato, para se colocar um paralelepípedo, sem fazer um acerto. Até isso
somos obrigados a ouvir!
A sociedade brasileira, encontra-se
estarrecida diante de tantos milhões sangrados do cofre da aludida petroleira, com
o intuito de irrigar o que se constitui o maior dos escândalos de corrupção,
assistido nos últimos tempos, ao compará-lo com outros que já ocorreram na
história pátria, como nos inesquecíveis escândalos, da máfia dos anões do
orçamento, o do mensalão e os outros desvios de recursos públicos do país, que
agora foge a minha memória.
Acho
que após este final melancólico do primeiro governo da presidente Dilma,
recheado ainda com o recrudescimento da inflação e das taxas de juros, além da
economia parada, resta-nos doravante, olhar para frente e iniciar a construção
de um novo país, se é que é possível, logo em janeiro de 2015.
Após
o contexto deprimente acima, às expectativas desta feita, giram em torno da
escolha do nome do novo ministro da Fazenda, ao que tudo indica, deverá ser o
do competente economista Alexandre Tombini, atual presidente do Banco Central e
homem que goza da confiança da ilustre presidente da República e do mercado
financeiro, que anda ansioso e nervoso para conhecer as diretrizes de política
macroeconômica. Certamente ele terá muito trabalho ao encetar a sua trajetória
como membro principal da relevante equipe, da indigitada pasta.
As
suas principais medidas devem de imediato estarem atreladas, ao conjunto de medidas de austeridade fiscal e
monetária, cujo objetivo será restabelecer a confiança do empresariado e
trabalhadores, na política econômica, praticada pelo governo federal que ao longo da gestão do Guido Mantega, não
passou de uma farra consumista bancada pelo contribuinte nacional, através das
sucessivas renúncias fiscais da fonte de receita do IPI, para veículos e os
produtos que compõe a linha branca, que levaram milhões de brasileiros ao
endividamento. O que adianta viver numa conjuntura de pleno emprego, se a renda
do trabalhador perdeu o seu poder aquisitivo por bens e serviços? Todo este
panorama deverá ser pensado e repensado pelo futuro Ministro da Fazenda.
A
situação econômica e a política do Brasil, anda tão delicada, que os deputados
federais e senadores do PT, já entendem a necessidade premente de recuarem pelo
menos neste início, do segundo governo Dilma, para que ela possa ter maior
apoio partidário e tranquilidade na composição do seu ministério, o que não
deixa de ser prudente, dada a excessiva gula, dos parlamentares eleitos na
última eleição, na troca de cargos no Congresso Nacional, pelos seus votos.
Além
do mais, a presidente terá que aprovar medidas relevantes para o país e
dependerá de uma base coesa, como por exemplo, a reforma política, tão
necessária à saúde da democracia brasileira e para o fortalecimento das nossas
instituições, em face dos recentes episódios de corrupção.
Diante
deste quadro de complexidade, urge necessário, torcer para que o Brasil se
fortaleça a cada dia mais, pois esta é a pátria que nascemos e amamos com todo
o fervor. Viva o Brasil!
José Alves de Azevedo Neto
Economista