Parabéns
Presidente
Parabenizo
a ilustre presidente da República Dilma, pela acertada escolha do novo Ministro
da Fazenda, o economista Joaquim Levy, homem conhecido no meio político com o
jocoso apelido de “Tio Patinhas” de Brasília, numa alusão à sua maneira austera
de tratar a coisa pública, que ultimamente anda demasiadamente banalizada no
Brasil, em razão dos inúmeros e lamentáveis, escândalos envolvendo o dinheiro
do contribuinte.
O
futuro ministro possui extraordinário currículo, passou pelo Banco Mundial e
por diversos governos, inclusive o do ex-presidente Lula, quando atuou na
qualidade de assessor direto do ex-ministro Palocci. Atualmente ele se encontrava
profissionalmente, vinculado a diretoria de um dos maiores bancos da América
Latina, o Bradesco.
Os
agentes econômicos já o conhecem bem e sabem que as diretrizes tomadas a partir
de janeiro de 2015, serão pautadas no equilíbrio das contas públicas, tendo em
vista que nos últimos anos, elas viraram uma verdadeira balbúrdia, sendo inclusive
uma das causas significativas do recrudescimento da inflação, que havia sido
debelada no passado por outros governos, que passaram pelo Palácio do Planalto.
Importante
salientar utilizando do ditado popular, “não se faz omeletes sem quebrar os
ovos”, o país necessita urgentemente de um forte ajuste fiscal, e as
consequências serão dolorosas no curto prazo, para que se possa retomar a
trajetória do crescimento econômico, combater o processo inflacionário e
continuar a distribuição de renda socialmente justa, desejo de todos nós. Faz
parte do jogo!
Uma
moeda contaminada pela inflação, não se pode considerá-la uma moeda forte, a
tendência dos agentes econômicos, será sempre a de se buscar refúgios em outro
tipo de moeda ou senão, especular-se em ativos financeiros oferecidos pelo
bancos de uma maneira em geral. Além do mais, a inflação corrói sobremaneira o
poder aquisitivo daqueles que sobrevivem de salários, que é o caso, da grande
maioria da população brasileira.
Pode-se
analisar a guisa de exemplo, a conjuntura econômica do país vizinho, a
Argentina, em que a espiral inflacionária já ultrapassa a casa dos 30% ao ano.
Em qualquer estabelecimento comercial de Buenos Aires, ou de outra cidade
portenha, os comerciantes oferecem os seus produtos em peso ou em dólar, fica a
critério do freguês, numa clara demonstração de que a economia requer ajustes e
se encontra fora do rumo. Situação indesejável para qualquer país, sobretudo, o
Brasil.
Tenho
certeza absoluta que a missão do Joaquim Levy, não será coroada de facilidades,
todavia, acredito no seu competente trabalho, pois já demonstrou capacidade
suficiente, para conter as gastanças dos pródigos políticos brasileiros, que
infelizmente não possuem espírito republicano para gerir o dinheiro público,
salvo raríssimas exceções.
O
que o homem público brasileiro precisa aprender é que quando ajusta-se os gastos
públicos da atividade meio, sobrarão mais recursos na ponta ou na atividade fim
da administração pública, fato que lhe propiciará maiores investimentos sociais
e econômicos. Vive-se ainda no Brasil contemporâneo, a triste cultura populista
dos homens públicos, que devagarinho a sociedade através do processo eleitoral
e o legítimo direito do voto, conquistado a duras penas, está mandando-os para
casa. Basta olhar o resultado das eleições recentes. Viva a democracia e o uso
eficiente do dinheiro público! Olhar sempre para frente!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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