Indecisão
Infelizmente
a demora por parte da presidente Dilma na escolha da sua nova equipe de
ministros, está deixando os empresários do setor produtivo e financeiro
ansiosos, por conta da necessidade urgente da classe empresarial brasileira,
implementar os seus respectivos projetos de investimentos, tão necessários para
que o Brasil, possa alavancar o seu tão desejado crescimento econômico, que neste
ano tudo indica, chegará a meio por cento do produto interno bruto.
A
demora, relevante salientar, só atrapalha e contribui para que se eleve as
especulações, sobre a virtual equipe que a partir de janeiro de 2015, começará
a atacar frontalmente, os diversos gargalos da nossa economia, como por
exemplo, na conjuntura vigente, os gastos públicos excessivos e o
recrudescimento da inflação, inimiga terrível daqueles que vivem de salários.
A
importância da divulgação de pelo menos o nome do ministro da pasta da Fazenda,
o mais rápido possível, seria necessário, já que por conta dessa demora o padrão monetário americano, o dólar,
encontra-se em patamares, que não refletem efetivamente o ponto de equilíbrio
do mercado cambial, fato nocivo para indústria nacional.
Alguns nomes obviamente, foram cogitados, como
o do ex-presidente do Banco Central no governo Lula, o senhor Henrique
Meirelles, entretanto, o que se observa, é que o aludido economista não atende
o perfil da ilustre presidente Dilma, autoritária e famosa por fazer os seus
ministros chorarem em audiência com ela, em razão do seu temperamento forte e
explosivo, além de ser desrespeitoso. Comportamento que certamente, o senhor
Meirelles não permitiria que a nobre presidente tivesse com ele.
Segundo
as informações que rondam pelo Palácio do Planalto em Brasília, o nome do atual
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, constitui-se como o mais cotado
até agora, inclusive ganha força perante a nossa presidente eleita
legitimamente, tendo em vista, a sua boa relação com ela dentro e fora do
governo.
Todavia,
o que se sabe é que o novo titular desse complexo ministério, terá muito
trabalho pela frente, sobretudo, ao que se refere ao controle das contas
públicas, que em virtude da gastança do governo federal para manter a máquina
pública com trinta e nove ministérios, teve que elevá-los a patamares
significativos e insustentáveis, obrigando inclusive, a Secretaria do Tesouro
Nacional, de forma inconstitucional, a reter algumas receitas de estados e
municípios que na mesma linha de conduta do governo federal, esqueceu de fazerem
o simples dever de casa, como o controle dos gastos públicos e o relativo
aumento das suas fonte de receitas, o que mitigaria a dependência em relação aos
repasses de recursos de outras esferas governamentais ou como se fala
popularmente, ficar esperando os recursos de pires na mão.
Dentro
deste contexto abominável de desrespeito com a coisa pública, salienta-se a triste cultura política dos homens públicos
brasileiros, quando chegam ao poder, utilizam dos recursos públicos que não lhe
pertencem de forma irresponsável e sem critério algum, chegam em alguns casos a
levarem as administrações públicas a verdadeira falência financeira, pois eles
sabem que ao ocorrer esse tipo de situação deplorável que conota o descuido com
a coisa pública, a primeira atitude que eles tomam é a de elevar ainda mais a
carga tributária da população, concitada sempre a pagar a conta, de agentes
públicos que não possuem o mínimo de respeito com a boa gestão dos recursos da
sociedade. Viva a república dos velhos e conhecidos políticos perdulários! Será
esse o destino do povo brasileiro?
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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