sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Indecisão

Indecisão

Infelizmente a demora por parte da presidente Dilma na escolha da sua nova equipe de ministros, está deixando os empresários do setor produtivo e financeiro ansiosos, por conta da necessidade urgente da classe empresarial brasileira, implementar os seus respectivos projetos de investimentos, tão necessários para que o Brasil, possa alavancar o seu tão desejado crescimento econômico, que neste ano tudo indica, chegará a meio por cento do produto interno bruto.

A demora, relevante salientar, só atrapalha e contribui para que se eleve as especulações, sobre a virtual equipe que a partir de janeiro de 2015, começará a atacar frontalmente, os diversos gargalos da nossa economia, como por exemplo, na conjuntura vigente, os gastos públicos excessivos e o recrudescimento da inflação, inimiga terrível daqueles que vivem de salários.
A importância da divulgação de pelo menos o nome do ministro da pasta da Fazenda, o mais rápido possível, seria necessário, já que por conta   dessa  demora o padrão monetário americano, o dólar, encontra-se em patamares, que não refletem efetivamente o ponto de equilíbrio do mercado cambial, fato nocivo para indústria nacional.

 Alguns nomes obviamente, foram cogitados, como o do ex-presidente do Banco Central no governo Lula, o senhor Henrique Meirelles, entretanto, o que se observa, é que o aludido economista não atende o perfil da ilustre presidente Dilma, autoritária e famosa por fazer os seus ministros chorarem em audiência com ela, em razão do seu temperamento forte e explosivo, além de ser desrespeitoso. Comportamento que certamente, o senhor Meirelles não permitiria que a nobre presidente tivesse com ele.

Segundo as informações que rondam pelo Palácio do Planalto em Brasília, o nome do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, constitui-se como o mais cotado até agora, inclusive ganha força perante a nossa presidente eleita legitimamente, tendo em vista, a sua boa relação com ela dentro e fora do governo.

Todavia, o que se sabe é que o novo titular desse complexo ministério, terá muito trabalho pela frente, sobretudo, ao que se refere ao controle das contas públicas, que em virtude da gastança do governo federal para manter a máquina pública com trinta e nove ministérios, teve que elevá-los a patamares significativos e insustentáveis, obrigando inclusive, a Secretaria do Tesouro Nacional, de forma inconstitucional, a reter algumas receitas de estados e municípios que na mesma linha de conduta do governo federal, esqueceu de fazerem o simples dever de casa, como o controle dos gastos públicos e o relativo aumento das suas fonte de receitas, o que mitigaria a dependência em relação aos repasses de recursos de outras esferas governamentais ou como se fala popularmente, ficar esperando os recursos de pires na mão.

Dentro deste contexto abominável de desrespeito com a coisa pública, salienta-se  a triste cultura política dos homens públicos brasileiros, quando chegam ao poder, utilizam dos recursos públicos que não lhe pertencem de forma irresponsável e sem critério algum, chegam em alguns casos a levarem as administrações públicas a verdadeira falência financeira, pois eles sabem que ao ocorrer esse tipo de situação deplorável que conota o descuido com a coisa pública, a primeira atitude que eles tomam é a de elevar ainda mais a carga tributária da população, concitada sempre a pagar a conta, de agentes públicos que não possuem o mínimo de respeito com a boa gestão dos recursos da sociedade. Viva a república dos velhos e conhecidos políticos perdulários! Será esse o destino do povo brasileiro?  

José Alves de Azevedo Neto

Economista

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