quinta-feira, 20 de novembro de 2014

SERÁ PUBLICADO NO JORNAL O DIÁRIO DE SEGUNDA-FEIRA- 24/11/2014



Olhar para Frente

Semana passada, a mídia impressa, a televisiva e a digital, ocuparam-se incessantemente dos escândalos que afligiram a maior empresa do Brasil, a Petrobrás, devido aos enormes atos de corrupção, cometidos pelos seus respectivos diretores de área, em conluio obviamente, com os maiores partidos do Congresso Nacional, aliados às tão conhecidas e caquéticas empreiteiras da construção civil e afins, financiadoras das campanhas eleitorais, pelo Brasil à fora, o que não é novidade para ninguém.  Como bem disse o advogado de Fernando Baiano, segundo as investigações policiais, considerado operador financeiro do PMDB, numa frase lapidar, talvez visando colocar na condição de vítima o seu cliente e as empreiteiras criminosas, quando alvejou em rede nacional, que nas prefeituras do Brasil inteiro, em nenhuma delas se consegue um contrato, para se colocar um paralelepípedo, sem fazer um acerto. Até isso somos obrigados a ouvir!
     
 A sociedade brasileira, encontra-se estarrecida diante de tantos milhões sangrados do cofre da aludida petroleira, com o intuito de irrigar o que se constitui o maior dos escândalos de corrupção, assistido nos últimos tempos, ao compará-lo com outros que já ocorreram na história pátria, como nos inesquecíveis escândalos, da máfia dos anões do orçamento, o do mensalão e os outros desvios de recursos públicos do país, que agora foge a minha memória.

Acho que após este final melancólico do primeiro governo da presidente Dilma, recheado ainda com o recrudescimento da inflação e das taxas de juros, além da economia parada, resta-nos doravante, olhar para frente e iniciar a construção de um novo país, se é que é possível, logo em janeiro de 2015.
Após o contexto deprimente acima, às expectativas desta feita, giram em torno da escolha do nome do novo ministro da Fazenda, ao que tudo indica, deverá ser o do competente economista Alexandre Tombini, atual presidente do Banco Central e homem que goza da confiança da ilustre presidente da República e do mercado financeiro, que anda ansioso e nervoso para conhecer as diretrizes de política macroeconômica. Certamente ele terá muito trabalho ao encetar a sua trajetória como membro principal da relevante equipe, da indigitada pasta.

As suas principais medidas devem de imediato estarem atreladas,  ao conjunto de medidas de austeridade fiscal e monetária, cujo objetivo será restabelecer a confiança do empresariado e trabalhadores, na política econômica, praticada pelo governo federal  que ao longo da gestão do Guido Mantega, não passou de uma farra consumista bancada pelo contribuinte nacional, através das sucessivas renúncias fiscais da fonte de receita do IPI, para veículos e os produtos que compõe a linha branca, que levaram milhões de brasileiros ao endividamento. O que adianta viver numa conjuntura de pleno emprego, se a renda do trabalhador perdeu o seu poder aquisitivo por bens e serviços? Todo este panorama deverá ser pensado e repensado pelo futuro Ministro da Fazenda.

A situação econômica e a política do Brasil, anda tão delicada, que os deputados federais e senadores do PT, já entendem a necessidade premente de recuarem pelo menos neste início, do segundo governo Dilma, para que ela possa ter maior apoio partidário e tranquilidade na composição do seu ministério, o que não deixa de ser prudente, dada a excessiva gula, dos parlamentares eleitos na última eleição, na troca de cargos no Congresso Nacional, pelos seus votos.

Além do mais, a presidente terá que aprovar medidas relevantes para o país e dependerá de uma base coesa, como por exemplo, a reforma política, tão necessária à saúde da democracia brasileira e para o fortalecimento das nossas instituições, em face dos recentes episódios de corrupção.

Diante deste quadro de complexidade, urge necessário, torcer para que o Brasil se fortaleça a cada dia mais, pois esta é a pátria que nascemos e amamos com todo o fervor. Viva o Brasil!       
  
José Alves de Azevedo Neto

Economista

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