sábado, 21 de março de 2015




A Conta Chegou!

Como não poderia deixar de ser diferente, em função de vários erros cometidos, a conjuntura econômica vigente, era prevista e discutida exaustivamente, por vários economistas do país, há algum tempo.  A conta para o povo brasileiro custou mais chegou, o que via de regra, não constitui muita novidade, pelo contrário, todos os indicadores econômicos indicam que chegou e de forma definitiva, para todos os mortais assumirem, pelos erros da política econômica do governo Dilma, dos últimos anos, ao optar-se, em escolher a varável econômica consumo, para obter-se o crescimento econômico, ao invés de fazê-lo, priorizando a variável investimentos, o que em termos econômicos, era muito mais sensato e honesto com a população.

Este quadro melancólico e perigoso, em que não está ocorrendo aumentos dos preços dos bens e serviços, mas sim, um verdadeiro e claro, “tarifaço”, com as sucessivas elevações das contas de luz, da água, dos telefones, dos combustíveis e das passagens de ônibus pelo Brasil afora. Inflação que ficou represada em três anos no mínimo, por razões demagógicas, com o intuito de passar a sociedade brasileira uma falsa sensação de que a economia, estava no rumo certo, o que nem a equipe econômica da época, acreditava.  Pois todos os prognósticos para dois mil e catorze, foram errados, pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Como a classe política brasileira, só possui compromisso, com o próximo mandato, a presidente Dilma não poderia fugir à regra, juntamente com os seus ilustres e idôneos companheiros, enganaram mais uma vez a nação, o pior, produziram uma frustração, naquelas pessoas que conseguiram ascender à classe média, diga de passagem, dentro do escopo de política pública, implementada pelo o PT. Este mérito é deles, inegavelmente.

 Só que infelizmente, os petistas talvez, tenham se embevecido pelo veneno do poder, se empolgaram e como consequência da soberba, erraram feio a mão na política econômica e por conta deste, discurso sofista, de que tudo estava andando às mil maravilhas, temos a partir de agora, uma economia dilacerada e os agentes econômicos internos e externos hesitando em investir nela, semelhante, a economia da confusa e beligerante, Rússia. Basta interpretar os dados a seguir para que cada um, possa tirar a sua conclusão.

Estima-se que a Rússia, tenha em 2014, um crescimento econômico, da ordem de 0,6% ao ano. Em 2015 ocorrerá uma queda do PIB de -3,5 ao ano, ou seja, a economia russa fechará o ano de 2015, em recessão. No tocante a inflação russa, ela ficará em torno de 15% ao ano e a taxa básica de juros, poderá chegar a 15% ao ano.

No caso do Brasil, o panorama econômico não será diferente, em 2014, o crescimento estimado será de 0,1% ao ano, a inflação hoje dos últimos doze meses está em 7,7%, e a taxa de juros tudo indica, poderá atingir 13,5% ao ano em 2015. O PIB, poderá chegar em dezembro em -0,7%.

De acordo com esse nebuloso cenário, os dois países estarão em 2015, enfrentando uma estagflação, recessão junto com a inflação. Termos que se ouvia nos anos oitenta e noventa do século XX, quando o Brasil, vivia uma hiperinflação. Processo inflacionário avassalador acima dos 50% ao mês.

Diante deste quadro lamentável, só resta, parabenizar a turma do Planalto, e dizer-lhes: vocês ao praticarem a política econômica populista e demagógica dois últimos anos, fazem o povo brasileiro, relembrarem de períodos governamentais catastróficos, como o do ex-presidente da República José Sarney e o do ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello. Temperado ainda com uma crise política, que ninguém sabe aonde vai parar. Que país é esse!      

José Alves de Azevedo Neto

Economista

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