Insolvência
ou falta de Liquidez?
Ao
contrário do que muitas pessoas pensam ou gostaria que estivesse ocorrendo, a Petrobrás,
hoje, não está insolvente, pelo contrário, a empresa no quesito, solvência
encontra-se dentro dos bons parâmetros econômicos e contábeis, despeito do seu
endividamento.
O
seu grande problema reside na falta de liquidez, devido a sua dificuldade em
gerar fluxos de caixa, em razão de duas relevantes variáveis. Uma porque, 75%
do seu endividamento está no padrão monetário americano, o dólar, cuja variação
se elevou significativamente de 2014 para 2015, fato que contribuiu para o
agravamento, dos seus problemas financeiros.
Soma-se a esta situação, a queda do preço do
barril de petróleo, que na atual conjuntura macroeconômica, não anda nada
palatável para a empresa e para muitos entes federativos. Como os estados e os
municípios dependentes das rendas petrolíferas. Tal cenário de complexidade,
obviamente, produz algumas barreiras, quando a empresa busca fechar as suas
contas.
Em
virtude destas peculiaridades, a estatal orgulho do nosso povo, anuncia o que
não é de se estranhar, a venda de ativos reais ou uma parte do seu patrimônio,
para fazer caixa ou gerar liquidez, em torno de 40 bilhões de reais. Este
enxugamento patrimonial, dará fôlego financeiro a empresa, além de torná-la,
mais competitiva, no mercado internacional. Segue a cartilha das grandes
petroleiras do mundo, que a cada dia buscam através da competitividade, abarcar
uma fatia maior no mercado de petróleo.
Com
certeza, após a reestruturação econômica que está sofrendo, aliada a faxina
ética e vexatória, que está havendo na empresa, tudo faz crer que o Brasil,
sairá diferente e mais limpo deste cenário, deprimente.
Todos esperam que o ambiente de negócios
envolvendo o público e o privado em nosso país, possa melhorar e os homens de
bens retomarem o seu lugar na vida pública.
Nenhum
brasileiro de bom senso, suporta viver assistindo, o descalabro da malversação
de recursos públicos, que ocorrem nos dias atuais.
Chegou
a hora de efetivamente, melhorar as relações negociais, extirpando de vez os
malandros, que ora ocupam os cargos públicos na república pátria, com objetivo
único de se locupletarem juntamente, com as suas respectivas famílias.
Se
o Brasil não se engrandecer após a apuração tantos escândalos, quem continuará
a pagar a conta, serão sempre os mesmos. A faixa de baixo que ocupa a pirâmide
social, os trabalhadores, como verifica-se agora, através de vários aumentos
que chegaram e outros que estão por vir. Viva a democracia! Vamos ficar na
vigília.
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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