Não me Espanta
A sociedade brasileira assistiu perplexa a aliança entre o
político paulista Paulo Maluf e o ex-presidente da República Lula, numa aproximação
visando aumentar os partidos, que ora compõe a coligação que apoia o candidato
do PT a prefeitura de São Paulo, o senhor Haddad. Como consequência desta
manobra, o PT terá mais um minuto e meio na televisão e o senhor Paulo Maluf,
indicará um correligionário para Secretaria Geral do ministério da Cidade.
Não gera espanto o comportamento do Lula, para quem já beijou
as mãos do Jader Barbalho e andava até o último dia, ao deixar a presidência da
República, com José Sarney, esta configura em mais uma atitude de um político
que baseia a sua vida pública, no puro pragmatismo, não levando em conta os
princípios éticos e morais, quando encontra-se em jogo a conquista do poder e
dos seus interesses imediatos. Simplesmente a busca do poder pelo poder.
Por mais que se repudie a conduta do ex-presidente, muitos se
levantarão para defendê-lo, com a alegação de que tal comportamento é
inevitável no presidencialismo de coalizão, em que se vive hoje no Brasil. Então
porque não se faz logo a reforma política, para se tentar mitigar vários dos
problemas e distorções que hoje impera no nosso sistema político? Talvez não
haja interesse por parte dos governantes contemporâneos, que devem achar que
caso ocorra a tão propalada reforma política, algumas manobras espúrias que
ocorrem com frequência no atual sistema possa acabar e com isso, muitos dos
espertalhões que sobrevivem da vida pública poderão ficar sem o seu respectivo
sustento. Será???
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