quarta-feira, 11 de julho de 2012


Demóstenes Adeus

 O senador Demóstenes Torres, parceiro incondicional do bicheiro Carlinhos Cachoeira, foi cassado de forma exemplar pelo Senado Federal no dia onze de julho de dois mil e doze, por quebra de decoro parlamentar, com um expressivo placar de cinquenta e seis votos a favor da cassação, dezenove votos contra e cinco abstenções.

 Em mais uma sessão histórica, em que os senadores eleitos pelo voto direto da população, tiveram a sensibilidade de ouvir as vozes roucas das ruas. Entra para história republicana do país, como o segundo senador cassado, porque o primeiro foi o senador Luiz Estevão, envolvido no caso de corrupção do Tribunal Regional do Trabalho, quando na ocasião figurou como um dos protagonistas do escândalo, o Juiz de Direito paulista, conhecido popularmente como o Lalau.

Assume a vaga do ilustre ex-senador Demóstenes, o empresário multimilionário e um dos donos do Grupo Orca, holding que atualmente conta com cerca de 20 empresas e atua na construção civil, com incorporações e shoppings center, o goiano e ex-marido da atual esposa do senhor Carlinhos Cachoeira, o suplente Wilder Morais.   

Infelizmente o nobre senador, cuja origem grega do seu nome quer dizer, tem o povo ao seu lado, desta vez não fez jus ao próprio nome, tendo em vista que o povo neste lamacento episódio recusou estar ao seu lado.  Os senadores se dependessem deles, certamente não cassariam o seu par devido a inúmeros fatores, como a guisa de exemplo, o corporativismo que grassa entre eles.

Deve-se ressaltar que o processo de cassação só chegou ao fim por que a sociedade civil organizada repudiou e se indignou com mais estes episódio patrocinado pela classe política nacional, guardando obviamente, as devidas exceções que existem em qualquer lugar. Espontaneamente, sem a pressão popular, o caso não teria este fim.

Toda essa conjuntura atenta contra os bons princípios da sociedade brasileira, além do mais, demonstra o poder que a população possui, quando resolve lutar e rechaçar as condutas duvidosas dos nossos homens públicos. O nossos representantes me parece não possuir medo das leis, mas sim temor da população. Viva a sociedade organizada! Com certeza conseguiremos construir uma sociedade mais humana e com justiça social. Os falastrões do povo caem por si só. Vejam o caso Demóstenes. 




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