Desculpas
a População
Com
a visita do Papa Francisco, na cidade do Rio de Janeiro na semana passada,
ficou claro para toda a população brasileira, que a cidade maravilhosa, ainda
tem que se preparar bastante, para sediar e poder enfrentar as demandas inerentes
aos grandes eventos, realizados atualmente e futuramente na cidade.
O
problema que mais afligi a sociedade carioca e os seus turistas de um modo em geral,
diz respeito à mobilidade social, carência do Rio de Janeiro e de muitas outras
metrópoles, devido à falta de investimentos e política pública para o setor,
além da falta de sensibilidade por parte dos seus governantes, em querer
resolvê-los.
No
caso específico do Rio, logo na chegada do Papa, no momento em que ele
trafegava pela avenida presidente Vargas, ocorreu um desagradável incidente no
centro da cidade, vários ônibus se encontravam estacionados de forma irregular
no lugar exato por onde passaria o carro do Santo Padre, numa verdadeira
desídia, por parte das autoridades do trânsito, ou seja, a guarda municipal, se
não tinha conhecimento deveria saber que naquele trajeto, não poderia haver
nenhum tipo de obstáculo, que pudesse atrapalhar e elevar o risco de insegurança
para a comitiva do Papa que ali passaria, tal fato revelou ao mundo como um
todo, o despreparo da guarda municipal do Rio. O pior foi que após o deprimente
episódio as autoridades públicas federais e municipais, ficaram se acusando,
com o objetivo de se eximirem da culpa, do lamentável evento.
Outro
fato que merece reflexão, diz respeito ao Metrô, que deixou de funcionar por
duas horas, por falha no sistema de energia da futura estação Uruguai, cuja
responsabilidade técnica é da empresa multinacional Siemens, fato que causou
grandes problemas para os passageiros que ali estavam esperando o trem, além da
dificuldade gerada aos peregrinos na hora de passar o cartão de embarque na
bilheteria do Metrô, que por excesso de demanda deu defeito, o que provocou
imenso tumulto e revolta nas pessoas, que retornavam para as suas respectivas
residências.
Todos
esses problemas que ocorreram, é bom que se ressalte que as autoridades como,
por exemplo, o prefeito do Rio de Janeiro, o senhor Eduardo Paes, e o diretor
do Metrô, não se furtaram a vir a público, para prestar esclarecimento e pedir
desculpas a população, todavia, ainda é muito pouco, para uma cidade que
pretende realizar eventos maiores nos próximos cinco anos, e precisa fazer
investimentos pesados na mobilidade social, que constitui um dos maiores gargalos
da cidade.
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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