X
em Alta
Após
a saída do ex-megaempresário Eike Batista do Conselho de Administração do Grupo
X, concomitantemente com o anuncio do aporte de capital de 800 milhões nas suas
empresas, o mercado de ações voltou a se recuperar.
O
aludido aporte de capital por parte do mercado é uma demonstração clara de que
os investimentos patrocinados pelo Grupo X poderão ganhar novo fôlego e também
nova cara, sobretudo, o Superporto do Açu, para felicidade dos investidores que
acreditaram na proposta do Superporto e das milhares de pessoas que perderam o
seu emprego no município de Campos e de São João da Barra.
Para
ter-se uma ideia dos estragos econômicos produzidos pela desaceleração dos
investimentos do megaempresário na região, basta se reportar ao mercado local,
onde comerciantes de diversos segmentos declaram e lamentam que após o início
da possibilidade de falência do megaempreendimento do Açu e as demissões dos
trabalhadores se consolidarem, a economia de Campos e de São João da Barra
sofreram na própria pele as consequências negativas oriundas deste processo. Como
no caso dos aluguéis de proprietários de apartamentos e residências, que se
encontravam alugado aos funcionários das empresas que possuíam contratos no
porto, e por conta das rescisões destes contratos, tais funcionários foram
obrigados a deixarem a cidade e retornem seu rincão de origem.
Os
reclamos também partem de diversas outras atividades econômicas ligadas ao
setor de serviço, como por exemplo, salões de beleza que perderam os seus
fregueses, por eles serem frequentados por funcionários das empresas do Porto,
além dos taxistas, que alegam que ocorreu queda do faturamento nos seus pontos,
por conta do triste episódio econômico, que se abateu sobre a nossa região.
Como
não bastasse o impacto econômico sobre a região, bancos públicos como o BNDES e
Caixa econômica agradecem a operação financeira “salva” Eike Batista, pelo
próprio mercado, pois o grupo deve respectivamente a cada instituição o valor
de R$ 4, 9 e 1,4 bilhões, sem contar as dívidas com o Bradesco e o Banco Itaú.
Por
estas e outras razões é que se renova a esperança sobre os investimentos,
implantados na região pelo Grupo X, pois os indicadores econômicos e
financeiros indicam que a fase crítica do necessário ajuste econômico do
projeto, esteje passando. Vamos torcer!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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