sexta-feira, 5 de julho de 2013

X em Alta


X em Alta

Após a saída do ex-megaempresário Eike Batista do Conselho de Administração do Grupo X, concomitantemente com o anuncio do aporte de capital de 800 milhões nas suas empresas, o mercado de ações voltou a se recuperar.

O aludido aporte de capital por parte do mercado é uma demonstração clara de que os investimentos patrocinados pelo Grupo X poderão ganhar novo fôlego e também nova cara, sobretudo, o Superporto do Açu, para felicidade dos investidores que acreditaram na proposta do Superporto e das milhares de pessoas que perderam o seu emprego no município de Campos e de São João da Barra.

Para ter-se uma ideia dos estragos econômicos produzidos pela desaceleração dos investimentos do megaempresário na região, basta se reportar ao mercado local, onde comerciantes de diversos segmentos declaram e lamentam que após o início da possibilidade de falência do megaempreendimento do Açu e as demissões dos trabalhadores se consolidarem, a economia de Campos e de São João da Barra sofreram na própria pele as consequências negativas oriundas deste processo. Como no caso dos aluguéis de proprietários de apartamentos e residências, que se encontravam alugado aos funcionários das empresas que possuíam contratos no porto, e por conta das rescisões destes contratos, tais funcionários foram obrigados a deixarem a cidade e retornem seu rincão de origem.

Os reclamos também partem de diversas outras atividades econômicas ligadas ao setor de serviço, como por exemplo, salões de beleza que perderam os seus fregueses, por eles serem frequentados por funcionários das empresas do Porto, além dos taxistas, que alegam que ocorreu queda do faturamento nos seus pontos, por conta do triste episódio econômico, que se abateu sobre a nossa região.

Como não bastasse o impacto econômico sobre a região, bancos públicos como o BNDES e Caixa econômica agradecem a operação financeira “salva” Eike Batista, pelo próprio mercado, pois o grupo deve respectivamente a cada instituição o valor de R$ 4, 9 e 1,4 bilhões, sem contar as dívidas com o Bradesco e o Banco Itaú.

Por estas e outras razões é que se renova a esperança sobre os investimentos, implantados na região pelo Grupo X, pois os indicadores econômicos e financeiros indicam que a fase crítica do necessário ajuste econômico do projeto, esteje passando. Vamos torcer!

 

José Alves de Azevedo Neto

Economista

 

         

Nenhum comentário:

Postar um comentário