Menos
de 1%
Infelizmente
nem tudo no país, atualmente, caminha como a sociedade desejaria que
caminhasse, como a guisa de exemplo, o vergonhoso baixo desempenho do PIB
(Produto Interno Bruto), que reflete a queda vertiginosa, do crescimento da
economia e geração de riqueza, apesar de se comemorarem que se vive numa
situação de pleno emprego, jamais vista na história econômica brasileira. Qual
a vantagem, de se viver numa situação de pleno emprego, se o salário perde a
cada dia o seu poder de compra?
Importante
deixar, claro, apesar desta ilusão, a existência de setores influentes do
mercado, seja o do financeiro como o de bens e serviços que ora afirmam, sobre
a possibilidade da nossa economia entrar numa recessão nos próximos meses, o
PIB torna-se negativo, fato que poderá levar o sistema econômico, em dezembro
de 2014, a crescer abaixo de 1%.
A equipe econômica tem ciência do problema, como
todo o setor produtivo nacional, que a espiral inflacionária, anda de forma
cruel e imperdoável, corroendo a renda dos assalariados do país, conjuntura que
compromete sobremaneira o poder aquisitivo, daquelas classes sociais, cuja ascensão
ocorreu nos últimos dez anos, o que fez com que o consumo no Brasil se elevasse,
tendo em vista, a demanda reprimida deste segmento social, no que diz respeito à
satisfação dos seus desejos, na qualidade de consumidor.
Só
que esquecem que a aludida classe, a partir de agora, entra num processo de
endividamento combinado com os sucessivos aumentos de preços dos alimentos,
situação indesejada e incômoda para qualquer família que se dirigem aos
supermercados, em busca da sua cesta de consumo, com vista a sua sobrevivência
diária.
Basta se verificar, que toda vez que se adquirem
os bens de consumos básicos, semanalmente, os agentes econômicos se deparam com
as majorações dos preços relativos, em relação à semana anterior, o pior de
todo este imbróglio, reside exatamente no dilema que vive os membros da equipe
econômica do governo federal, que assistem passivamente tal injustiça ocorrer
com a massa salarial do trabalhador, sem poder tomar nenhuma medida severa de
austeridade, sobretudo, no que tange aos gastos públicos neste momento, causa
maior da inflação, o que trás como consequência negativa a elevação da inflação
para fora da meta inflacionária, que hoje encontra-se fixado em 6,5%, ao ano.
Todo
o cenário, de adiamento por parte do governo federal das medidas ou remédios
eficazes contra o indomável tigre da inflação, diz respeito efetivamente, a
variável eleitoral, que impede o governo federal de encarar frontalmente o
fantasma econômico que lhe preocupa, o que de certa maneira, cria certamente
para o futuro não tão longínquo, que tudo indica virá após as eleições, o
anúncio das medidas antipáticas e nefastas para toda a sociedade.
Não
é por acaso que os candidatos indistintamente, ao cargo de presidente da
República, escondem às propostas de combate à inflação dos eleitores, esquivando-se
ou desconversando, quando são indagados por algum jornalista nos programas
televisivos, a respeito do assunto. Ou seja, o povo brasileiro votará nos seus
candidatos sem saber quais as medidas, que serão tomadas em relação ao combate
a inflação, o que em nossa opinião é lamentável. No Brasil, os problemas a
gente vai levando!
José Alves de Azevedo Neto
Economista