segunda-feira, 18 de março de 2013

Povo Unido


Povo Unido

Na sexta feira passada, dia 15 de março de 2013, entrou para o calendário da história da população campista, que reunida na sua praça maior, a do Santíssimo São Salvador, num ato de civilidade e indignação, reuniu mais de dez mil pessoas para protestar sobre uma das maiores aberrações ocorridas nos últimos tempos, engendrada pelo Congresso Nacional, quando na ocasião os ilustres parlamentares, derrubaram o veto da presidente Dilma, que versava a respeito da redistribuição dos royalties do petróleo, contemplando os estados e municípios não produtores de petróleo, com a compensação financeira em virtude dos impactos negativos, sobre as regiões que produzem o petróleo.

O ato público no seu primeiro momento reuniu a população e autoridades presentes, em frente à Câmara municipal de Campos, que seguiram numa marcha cívica até a Praça do Santíssimo no centro da cidade, quando ali discursaram autoridades, trabalhadores, representantes das igrejas de várias denominações, com o fito de deixar claro para todo o país, que o povo de campos, estados e municípios vizinhos, não aceitavam a decisão dos nobres parlamentares, que não usaram do bom senso, quando deliberaram sobre a matéria da redistribuição dos royalties. 

Tal reação não poderia ser diferente, quando se trata da população campista, povo de grandes tradições históricas, e comprometida com a sua terra, que conhece piamente os seus direitos e jamais aceitaria que alguém afanasse de uma forma ilegítima algo que lhe pertence, conferido pela Carta Magna, declarado pelo saudoso deputado federal e constituinte de 1986, Ulisses Guimarães, como uma constituição cidadã.

Relevante que não se esqueça de dizer, neste momento crucial e histórico para o Brasil e a nossa terra, que o povo de campos não é um povo qualquer, além de possuir no registro da nossa história homens e mulheres campistas, que contribuíram para a construção de um país mais justo e humano, deve-se ressaltar que esta terra, deu ao atual Estado do Rio de Janeiro, dois governadores eleitos pelo voto direto, no final do século XX e início do século XXI, que nos honraram profundamente enquanto ocuparam o Palácio Guanabara, enfrentando todo e qualquer tido de preconceito por parte da elite carioca, por serem pessoas do interior, mas nem por isso recuaram diante do seu desafio maior, que era o de administrar o Estado do Rio de Janeiro, estado com o segundo PIB da federação.

E não será nesta hora de adversidade que o povo de campos se curvará frente a uma das mais gritantes decisões do Congresso Nacional, que poderá sangrar as riquezas de um povo trabalhador e ordeiro, que não quer nada mais nada menos, do que àquilo que lhe pertence, portanto, deposita toda a sua confiança na Corte de Justiça mais elevada do país, o Supremo Tribunal Federal, responsável por zelar, pela sacrossanta carta constitucional.

O povo de Campos não aceitará que a sua cidade, se torne uma Serra Pelada, região que foi alvo de cobiça dos garimpeiros na década de oitenta, quando migravam para lá em busca de ouro, e hoje encontra-se numa deplorável situação, no que tange aos aspectos sociais. Não aceitaremos a injustiça que querem fazer com a nossa Campos formosa e intrépida amazona.  Por isso, estamos na trincheira!  

José Alves de Azevedo Neto

Economista

 

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