Fora
Eike
Considerado
e consagrado pela mídia pátria, como um dos capitalistas mais agressivos e
influentes do mundo dos negócios contemporâneo, aquele que foi o homem mais
rico do Brasil há pouco tempo atrás, Eike Batista, agora é instado a se afastar
dos seus próprios negócios, para que eles possam continuar na trajetória do
lucro, mas através de outras mãos.
A empresa americana EIG, acaba de injetar na LLX,
1,3 bilhão de reais, rebaixando o nosso ilustre milionário dos atuais 53% de
participação na empresa, para 21 % de participação, a LLX para quem a
desconhece, é o braço logístico do grupo EBX.
O
investimento dos americanos ocorre numa boa hora e renova as esperanças da economia
de São João da Barra e de Campos dos Goytacazes, que perderam cerca de mil e
quinhentos empregos, por conta das falsas expectativas, geradas pelo à época
bilionário Eike Batista.
Para
se ter uma ideia da dimensão do estrago econômico e social provocado pelo o
aludido empresário, basta conversar com comerciantes, taxistas, alunos de
universidades que buscavam qualificação, com intuito de se obter ascensão no
projeto das empresas que operavam no Porto do Açu, que eles declaram sem
hesitar, que foram impactados diretamente com a conjuntura de instabilidade econômica,
enfrentados pelo grupo EBX, além do mais, contam com o retorno da retomada do
projeto do Açu, o que me parece que ocorrerá agora, após os investimentos dos
americanos para alegria de todos nós e o desenvolvimento regional.
Diante
do quadro acima o movimento fora Eike não terá muito o que gritar, tendo em
vista que ele mesmo se incumbiu de se afastar dos seus meganegócios, deixando
um legado de dívidas significativas, com o BNDES, a Caixa Econômica, o Banco
Itaú e o Bradesco, que segundo fontes do mercado atingem hoje, cerca de 24
bilhões de reais.
José Alves de Azevedo Neto
Economista
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa noite Zé.
ResponderExcluirNão podemos esquecer que esse projeto do Eike Batista já foi parcialmente idealizado por algumas pessoas, há décadas, mas empreendedor algum teve competência e/ou disposição para dar início a projetos que utilizassem o potencial do litoral a Praia do Açu.
Sabemos também que a economia local estava estagnada há décadas e que as terras nessa região não tinham valor algum e que eram subutilizadas. Os valores que estão sendo pagos aos proprietários de de terras no Açu, nas desapropriações, são infinitamente maiores do que podia-se imaginar há 10 anos atrás, quando eu mesmo fui solicitado para avaliar algumas propriedades rurais nessa localidade.
Por outro lado, com o início da implantação do empreendimento do Eike Batista, que diga-se de passagem, é um projeto excepcional, a economia de São João da Barra e da região norte fluminense está dando uma significante guinada pra melhor e a população e empresas regionais estão tendo diversas chances para melhorarem suas condições financeiras.
Agora, depende do poder público e da sociedade organizada conseguirem educar e capacitar a população local, pois caso contrário, profissionais de fora virão e a população local ficará à ver navios, mais favelas serão criadas, a violência e a miséria aumentarão ainda mais...
Erros todos podem cometer. O Eike Batista iniciou a implantação de um empreendimento belíssimo e de grande importância, não só para a nossa região, mas para o Brasil, mas cometeu erros que levaram a uma crise temporária.
Quanto a essa crise ocorrida no Porto do Açu e que já está sendo contornada, tenho a dizer o seguinte:
O maior problema do Grupo EBX está relacionado ao fato de que a OGX foi mal assessorada por uma pessoa que já havia trabalhado na Petrobrás, mas que, infelizmente, tinha a mania de vender gato por lebre. Esse sujeito "vendeu" ilusões para o Eike Batista com relação às perspectivas de produção de petróleo da OGX e com base nessas informações infundadas, montou-se uma estratégia que desmoronou quando foi constatado que as perspectivas do tal sujeito eram furadas.
Além desse problema, quem vivenciou de perto as obras de implantação do Porto do Açu teve a oportunidade de constatar que faltava controle nas despesas. Por exemplo: muitos profissionais recebiam sem produzir, aguardando por meses e até por mais de um ano o início de determinadas etapas do empreendimento ficarem prontos.
Após o susto, esses problemas de controle de custos estão sendo sanados e com a venda de parte da LLX pra EIG e de outras empresas do Grupo EBX para outros grupos empresariais, tudo já está voltando aos trilhos.
Com disse e volto a dizer, agora cabe ao poder público e à sociedade organizada fazerem sua parte, educando e capacitando a população regional.
Finalizando, eu sou grato ao Eike Batista por ter proporcionado essa oportunidade única de desenvolvimento econômico para a nossa região.
Abraço fraterno ao meu grande amigo Zé Alves.
Saúde, paz e harmonia para a família.
Alexandre Terra.