IDHM
Alto
Na
última semana a mídia nacional e local ocupou as suas respectivas pautas, com
um indicador de extrema relevância, denominado de Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), criado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento
(PNUD) em 1990, através do trabalho de dois renomados economistas, o
paquistanês Mahbud Ul Haq e o indiano Amartya Sem. O aludido índice serve como
alternativa de mensuração do desenvolvimento econômico em contraposição ao PIB (Produto
Interno Bruto), que mede o crescimento econômico, somente através da renda per
capta, considerado por muitos cientistas sociais, pouco abrangente para se
concluir uma análise com viés econômico e social. Residir num país ou numa
cidade com alto IDH significa melhores condições econômicas, sociais, culturais
e políticas.
Com
base no IDH, o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em parceria com
a ONU, desenvolve o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, lançado no dia
vinte nove de julho de 2013, medindo através do IDHM (Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal), a educação, a longevidade e renda dos municípios
brasileiros, num período de pesquisa equivalente há vinte anos, ou seja, de
1990 a 2010.
O
município de Campos dos Goytacazes cresceu nos três aspectos, na educação, por
exemplo, em 1991 ficou com 0,318, em 2000 com 0,474 e em 2010 com 0,619. Em
relação à longevidade também foi bem sucedido, obteve em 1991, 0,658, em 2000,
0,751 e em 2010, 0,830. No que tange a renda per capta o desempenho não foi
diferente, em 1991 ela atingiu R$ 371,75, em 2000, cresceu para R$ 490,87 e em
2010, atingiu o valor monetário de R$ 682,59.
Por
conta dessa crescente desenvoltura dos indicadores analisados, a nossa cidade
obteve o IDHM de 0,716, ou seja, figura na faixa entre 0,700 e 0,799,
considerada pelo Atlas de Desenvolvimento Humano, como alta.
Relevante
salientar, que o governo municipal atual contribuiu para o IDHM de 2010, com os
anos de 2009 e 2010, biênio conturbado para o município, em virtude da
ocorrência da instabilidade política que tomou conta da cidade, pois se trocou
de prefeito várias vezes, e estes fatos, possuem por natureza a influência
direta nos investimentos públicos e privados, além do mais, o maior programa
municipal de construção de casas populares, cujo objetivo é o de reduzir o
déficit habitacional, teve o seu inicio prorrogado devido a uma ação judicial,
impetrada pela oposição da época, com o intuito de suspender o certame
licitatório, fato que certamente atrasou o cronograma de execução
físico-financeiro da obra, por conseguinte, afetou a construção do índice.
Todavia,
apesar dos percalços de ordem política, enfrentados pelo governo municipal, a
prefeita conseguiu investir nos seus quatro anos de governo o quantitativo de
1,5 bilhões, de 2009 a 2012, em obras e infraestrutura, com um esforço fiscal
de controle da despesa pública hercúleo, e o que tudo indica, refletirá no
próximo IDHM de Campos, daqui a sete anos, em 2020, colocando a cidade na faixa
considerada pelo PNUD/IPEA, como muito alta, ou seja, entre a faixa de 0,8 e 1. Vamos aguardar!
José Alves de Azevedo Neto
Economista
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