Impostômetro
O “impostômetro” criado pela associação comercial de São
Paulo, registrou até a ultima quinta–feira dia 27 de março, R$ 400 bilhões de
impostos federais, estaduais e municipais, arrecadados do povo brasileiro. Numa
demonstração de eficiência e vontade desmedida da cunha fiscal, que retira do
bolso do contribuinte parcela da sua
renda, que na maioria das vezes não se reverte em contra-prestação de serviços,
para a sociedade.
Como no caso por exemplo, das prestações de serviços nas
áreas de saúde, educação e transporte, em que a maioria da população com
relativo poder aquisitivo busca-os na
iniciativa privada, tendo em vista que a mesma eficiência que o estado
brasileiro possui na hora de arrecadar,
não se transfere para os serviços ofertados, a sociedade.
Um estado que arrecada em torno de 36% do PIB de tributos, e
se enche de orgulho mensalmente, por bater recordes de arrecadação, como se
verifica nos telejornais, a Receita Federal divulgar as suas metas de arrecadação,
todas elas atingidas sem muito esforço, deveria melhorar significativamente os
seus serviços.
Hoje no Brasil a população, a despeito de uma melhora na
distribuição de renda, ainda sofre nas filas dos hospitais publicos e no
momento em que se vai matricular os filhos nas escolas da rede pública, que na
maioria das vezes oferece uma eduacação de baixíssima qualidade.
Com tanto imposto arrecadado, o Brasil já deveria se
encontrar no ranking dos países de
melhor qualidade dos serviços públicos, prestados a população.
Vejam por exemplo o caso do hospital federal de Bonsucesso
no Rio de Janeiro, obrigado a suspender
os serviços de transplante de rins, por conta da precariedade das suas instalações, além da carência dos
profissionais qualificados para desenvolver as atividades laborais exigidas
pela população, submetendo o contribuinte a desnecessário constrangimento.
O país não pode continuar a incorrer neste tipo de situação,
a sociedade já paga uma quantidade expressiva de impostos, para que as suas
necessidades básicas e urgentes sejam
atendidas, de forma respeitosa e dignamente.
José Alves de Azevedo Neto
Economista