Ninguém quer pagar a
Conta
A problemática
enfrentada atualmente pela Europa diz respeito aos excessivos gastos públicos. Obrigados
a implementar um pacote de austeridade fiscal, os governos enfrentam o fantasma
do repúdio da população na hora das eleições.
Na França a oposição
elegeu-se através do discurso fácil e barato de flexibilização do arrocho
fiscal, na Grécia a conjuntura é a mesma, as eleições recentes foram anuladas
devido à falta de acordo dos eleitos com o parlamento grego, na composição do
governo. Segundo informações oriundas daquele
país, outras eleições serão convocadas e a probabilidade da esquerda eleger-se
é muito grande, com o discurso também fácil, de flexibilização do arrocho
fiscal. Na Alemanha, a oposição também saiu vencedora para o parlamento. E
agora o que fazer?
Na verdade, chega-se a
conclusão de que ninguém se propõe a oferecer a sua cota de participação, no
momento em que os países necessitam de cortar gastos públicos, para se soerguerem
e tentarem dar continuidade ao projeto da União Europeia. Não há outra
alternativa de curto prazo para resolver o problema do endividamento destes
países. O caminho passa obrigatoriamente pela austeridade fiscal. Os organismos
internacionais, como a guisa de exemplo, o FMI, já entendeu isso. Caso a Grécia
resista em romper o acordo feito para conter a despesa pública, as consequências
serão negativas para ela. A tendência será o seu isolamento.
A Grécia inclusive
lança ameaça, alega que caso tenha que trilhar o caminho da austeridade fiscal,
ela abandonará a zona do euro. Postura temerária diga-se de passagem. O aludido
país não possui condições econômicas e financeiras para debelar este imbróglio
econômico em que se meteu. O que produz a Grécia além de iogurte e turismo? Pelo
que sabemos não produz mais nada. Inclusive cogita-se no mercado a
possibilidade deles venderem as ilhas gregas, medida de curto prazo que não
deverá ser descartada. Caso esta venda se concretize, talvez no curto prazo se mitigue
o problema. Devemos torcer para que as autoridades financeiras mundiais cheguem
a bom termo para que o mundo não sofra mais com uma crise financeira sem
precedentes. Já que se anuncia subliminarmente que alguns bancos europeus podem
entrar num processo falimentar. Essa não!!!
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