segunda-feira, 21 de maio de 2012
A GERAÇÃO DE RIQUEZAS
O economista Ranulfo Vidigal em
sua reflexão sobre desenvolvimento econômico
"A riqueza de uma nação ou região é
sempre decorrência do aprimoramento das forças produtivas do trabalho, bem como
da habilidade, destreza, frugalidade e bom senso com que o trabalho é executado
na busca de uma maior produtividade, na visão de um dos primeiros pensadores da
economia, Adam Smith, no século dezoito. Nascia aí a idéia de excedente, oriundo
do trabalho produtivo corporificado no valor das mercadorias produzidas pelas
indústrias das cidades de modo a superar o custo necessário para produzi-las,
através divisão das tarefas e da busca da eficiência.
Um outro autor importante, Davis
Landes buscou identificar os fatores não-econômicos que explicam o
desenvolvimento das nações mais prósperas. E cita em sua obra, o papel de
fatores como recursos naturais, nível de escolaridade da força de trabalho,
geografia, clima, religião, ensino e cultura em seu sentido mais amplo, como
itens que explicam as diferenças de rendas individuais, regionais e entre
nações. Para o autor, os valores a as atitudes vigentes em uma sociedade, como
liberdade individual, curiosidade, criatividade, além da vontade individual de
buscar a acumulação são fatores determinantes na capacidade de consolidação de
processos de desenvolvimento.
O desenvolvimento é uma
transformação da estrutura produtiva e das capacidades para suportá-lo, e requer
a aplicação dos avanços tecnológicos e habilidades organizacionais que permitam
atingir uma maior produtividade sistêmica da sociedade. É um esforço coletivo
sistemático e necessita de uma estrutura política, institucional e cultural, que
assegure sustentabilidade econômica, social e ambiental".
Ranulfo Vidigal – economista, mestre e doutorando em
políticas públicas, estratégias e desenvolvimento pelo Instituto de Economia da
UFRJ.
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