quarta-feira, 2 de maio de 2012

Rompante Populista


Rompante Populista



A presidente Dilma num rompante populista, no dia do trabalhador, em estilo que faz lembrar o seu antigo líder gaúcho Leonel de Moura Brizola, resolve encarar frontalmente o sistema financeiro nacional. Surfando numa popularidade de fazer inveja a qualquer homem público, fala de um assunto que agrada sobremaneira à população,  a queda das taxas de juros.

Esquece a ilustre brizolista dos tempos idos, que a taxa de juros não se derruba por decreto, mas sim por ações articuladas com o setor e medidas estruturais,  que permitam aos bancos reduzirem o risco dos seus respectivos empréstimos. A taxa de juros é diretamente proporcional ao risco, na tomada do crédito. Além do mais, os bancos possuem ações no mercado de capitais e como tal não podem reduzir abruptamente os seus lucros. Pois ocorreria a trágica consequência da fuga de capitais do ativo ações para outro tipo de ativo que oferecesse maior rendimento. O mercado funciona assim. O sistema é capitalista ou a ilustre presidente esqueceu-se disto?

Mas para o dia do trabalhador, talvez tenha valido o faturamento, pois ficou claro que não passou de uma grande jogada de marketing. Viva o populismo! Brizola não morreu! Agora temos o Lula e a dona Dilma.  

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