Rompante Populista
A presidente Dilma num rompante populista, no dia do
trabalhador, em estilo que faz lembrar o seu antigo líder gaúcho Leonel de
Moura Brizola, resolve encarar frontalmente o sistema financeiro nacional. Surfando
numa popularidade de fazer inveja a qualquer homem público, fala de um assunto
que agrada sobremaneira à população, a
queda das taxas de juros.
Esquece a ilustre brizolista dos tempos idos, que a taxa de
juros não se derruba por decreto, mas sim por ações articuladas com o setor e
medidas estruturais, que permitam aos
bancos reduzirem o risco dos seus respectivos empréstimos. A taxa de juros é
diretamente proporcional ao risco, na tomada do crédito. Além do mais, os
bancos possuem ações no mercado de capitais e como tal não podem reduzir
abruptamente os seus lucros. Pois ocorreria a trágica consequência da fuga de
capitais do ativo ações para outro tipo de ativo que oferecesse maior
rendimento. O mercado funciona assim. O sistema é capitalista ou a ilustre
presidente esqueceu-se disto?
Mas para o dia do trabalhador, talvez tenha valido o
faturamento, pois ficou claro que não passou de uma grande jogada de marketing.
Viva o populismo! Brizola não morreu! Agora temos o Lula e a dona Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário