Pé
no Freio
Na
última quarta-feira, o Banco Central brasileiro, resolve majorar mais uma vez a
taxa de juro básica da economia (taxa selic), que era de 7,5% ao ano e passou
para 8% ao ano, com o claro objetivo de enfrentar o recrudescimento do
processo inflacionário, que nos últimos
meses tornou-se insuportável para a
população, sobretudo os assalariados, que não possuem acesso aos mecanismos de
proteção da inflação oferecidos pelo mercado financeiro, a classe social de
maior renda, como a guisa de exemplo, as aplicações financeiras, com taxas de
juros generosas.
Tal
elevação das taxas de juros, já era considerada como certa pelo mercado em
geral e inevitável, tendo em vista que o governo federal, utilizava a queda das taxas de juros como
instrumento eleitoral, para alavancar os índices de popularidade da presidente
Dilma, através do estímulo ao consumo de curto-prazo e a promessa messiânica de
que o paraíso ou a salvação de uma sociedade, reside na aquisição de bens e
serviços, a qualquer preço e sem
critério, fato que acarretou, no retorno do tigre inflacionário cobrando
a conta da irresponsabilidade de se optar pelo modelo de crescimento econômico,
com prioridade no consumo em detrimento dos investimentos, tão caros a nossa
economia, que vive no flagelo, da falta de infraestrutura portuária,
aeroportuária, rodoviária e afins.
Agora
diante desta medida de austeridade na política monetária, a economia sofrerá um
freio, tanto no que diz respeito ao consumo, como na taxa de investimentos, que
hoje configura como uma das mais baixas desde o ano de 2009, estando em 18,4%
do PIB do primeiro trimestre de 2013, o que não é agradável para o setor produtivo, além do
reflexo negativo na geração de emprego e renda, cujos indicadores de desempenhos
econômicos, apurados nos próximos meses, deverão acusar uma desaceleração ainda
maior do PIB (produto interno bruto), que no primeiro trimestre deste ano,
amargou uma pífia taxa de crescimento de 0,6%, combinado com a queda do consumo
das famílias, baixa produtividade da indústria e baixo crescimento do setor de
serviços, para tristeza e angústia da equipe econômica, do ilustre professor
Guido Mantega e preocupação para os coordenadores da pré-campanha eleitotral à
reeleição, da presidente Dilma. Vamos aguardar!
José Alves de Azevedo Neto
Economista