sexta-feira, 10 de maio de 2013

“Eikelândia”


“Eikelândia”

Segundo as informações mais frescas sobre o megaempreendimento do Superporto do Açu, o sonho do empresário Eike Batista, em transformar uma cidade de 32 mil habitantes do litoral norte fluminense do Estado do Rio de Janeiro, a famosa São João da Barra, numa verdadeira “Eikelândia”, por enquanto foi adiado.

A sua grande obra teve início em 2007, com a previsão de ser concluída em 2012, com um investimento no período de R$ 4,5 bilhões. Atrelado, ao porto, se construiria um complexo industrial, com várias empresas de diversos segmentos, que ao longo da obra foram desistindo de se instalarem na região do Açu, como a guisa de exemplo, a siderúrgica chinesa Wisco.

O megaempresário Eike Batista, que em março de 2010 foi eleito pela revista “Forbes” o oitavo homem mais rico do mundo, sempre demonstrou arrojo nas suas ações, além de construir o Superporto ele também vislumbrava a possibilidade de construir uma cidade, denominada pelo empresário de cidade X, para acomodar dezenas de milhares de pessoas.

Já que tudo conspirava ao seu favor o bilionário Eike, resolveu jogar para galera, em uma de suas entrevistas na mídia nacional chegou a declarar que se sentia indignado pelo fato de o consumidor brasileiro pagar mais do que o dobro para ter acesso a um iPad, e que por conta disso, gostaria de atrair um fabricante de produtos da Apple para sua “Eikelândia”. Tal investimento custaria em torno de US$ 36 bilhões. Até isso chegou a ocorrer, Eike Batista, deixou aflorar neste momento o seu lado humano, ao contrário do seu lado de empreendedor agressivo e farejador de boas oportunidades de negócios.  

Entretanto, como nem tudo no mundo dos negócios são flores, o Grupo X, entra numa curva adversa e com muita prudência, no dia sete de maio de dois mil e treze, emite uma nota oficial para comunicar à sociedade que o grupo passa por um momento de ajustamento, o que não constitui novidade para ninguém, pois no mundo dos negócios, as reengenharias econômicas são normais e aceitáveis, para que o empreendimento ganhe força e possa prosseguir nos seus objetivos.

A despeito das aves de agouro se encontrarem de plantão para subestimar e especular através de previsões catastróficas, contra aqueles que possuem trajetória de sucesso, o Grupo X, certamente vencerá as barreiras que a conjuntura econômica agora lhe impõe, inclusive já há no mercado empresas ligadas ao ramo petrolífero, interessada em comprar parte do empreendimento do grupo que opera na área de petróleo.  

Não há motivo para se desesperar, tendo em vista que os investimentos no Açu são muito grandes, além de envolver pessoas influentes do governo Dilma, que jamais deixaria uma obra desta magnitude econômica soçobrar, além do mais o Brasil, vive hoje mergulhado numa significativa carência de infraestrutura econômica e social, e o nosso maior gargalo, é a falta de portos, para escoar a nossa vasta produção de commodities, como aconteceu recentemente no embarque da soja no Porto de Santos com destino à China, onde os caminhões carregados do aludido produto ficaram dias esperando autorização para o desembarque, numa fila de mais de doze quilômetros na rodovia Anchieta que dá acesso ao porto. Um verdadeiro absurdo! Fato que culminou no cancelamento da compra de soja pela Empresa Chinesa ao Brasil em virtude do atraso. Por este e outros motivos que não cabem aqui externá-los, é que acreditamos na continuidade do megaempreedimento do Açu.



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