“Eikelândia”
Segundo as informações mais frescas sobre o
megaempreendimento do Superporto do Açu, o sonho do empresário Eike Batista, em
transformar uma cidade de 32 mil habitantes do litoral norte fluminense do
Estado do Rio de Janeiro, a famosa São João da Barra, numa verdadeira
“Eikelândia”, por enquanto foi adiado.
A sua grande obra teve início em 2007, com a previsão de ser
concluída em 2012, com um investimento no período de R$ 4,5 bilhões. Atrelado,
ao porto, se construiria um complexo industrial, com várias empresas de
diversos segmentos, que ao longo da obra foram desistindo de se instalarem na
região do Açu, como a guisa de exemplo, a siderúrgica chinesa Wisco.
O megaempresário Eike Batista, que em março de 2010 foi
eleito pela revista “Forbes” o oitavo homem mais rico do mundo, sempre
demonstrou arrojo nas suas ações, além de construir o Superporto ele também
vislumbrava a possibilidade de construir uma cidade, denominada pelo empresário
de cidade X, para acomodar dezenas de milhares de pessoas.
Já que tudo conspirava ao seu favor o bilionário Eike, resolveu
jogar para galera, em uma de suas entrevistas na mídia nacional chegou a
declarar que se sentia indignado pelo fato de o consumidor brasileiro pagar
mais do que o dobro para ter acesso a um iPad, e que por conta disso, gostaria
de atrair um fabricante de produtos da Apple para sua “Eikelândia”. Tal
investimento custaria em torno de US$ 36 bilhões. Até isso chegou a ocorrer,
Eike Batista, deixou aflorar neste momento o seu lado humano, ao contrário do
seu lado de empreendedor agressivo e farejador de boas oportunidades de
negócios.
Entretanto, como nem tudo no mundo dos negócios são flores, o
Grupo X, entra numa curva adversa e com muita prudência, no dia sete de maio de
dois mil e treze, emite uma nota oficial para comunicar à sociedade que o grupo
passa por um momento de ajustamento, o que não constitui novidade para ninguém,
pois no mundo dos negócios, as reengenharias econômicas são normais e aceitáveis,
para que o empreendimento ganhe força e possa prosseguir nos seus objetivos.
A despeito das aves de agouro se encontrarem de plantão para
subestimar e especular através de previsões catastróficas, contra aqueles que
possuem trajetória de sucesso, o Grupo X, certamente vencerá as barreiras que a
conjuntura econômica agora lhe impõe, inclusive já há no mercado empresas
ligadas ao ramo petrolífero, interessada em comprar parte do empreendimento do
grupo que opera na área de petróleo.
Não há motivo para se desesperar, tendo em vista que os
investimentos no Açu são muito grandes, além de envolver pessoas influentes do
governo Dilma, que jamais deixaria uma obra desta magnitude econômica soçobrar,
além do mais o Brasil, vive hoje mergulhado numa significativa carência de
infraestrutura econômica e social, e o nosso maior gargalo, é a falta de portos,
para escoar a nossa vasta produção de commodities, como aconteceu recentemente
no embarque da soja no Porto de Santos com destino à China, onde os caminhões
carregados do aludido produto ficaram dias esperando autorização para o
desembarque, numa fila de mais de doze quilômetros na rodovia Anchieta que dá
acesso ao porto. Um verdadeiro absurdo! Fato que culminou no cancelamento da
compra de soja pela Empresa Chinesa ao Brasil em virtude do atraso. Por este e
outros motivos que não cabem aqui externá-los, é que acreditamos na
continuidade do megaempreedimento do Açu.
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