sexta-feira, 31 de maio de 2013

Pé no Freio


Pé no Freio

Na última quarta-feira, o Banco Central brasileiro, resolve majorar mais uma vez a taxa de juro básica da economia (taxa selic), que era de 7,5% ao ano e passou para 8% ao ano, com o claro objetivo de enfrentar o recrudescimento do processo  inflacionário, que nos últimos meses  tornou-se insuportável para a população, sobretudo os assalariados, que não possuem acesso aos mecanismos de proteção da inflação oferecidos pelo mercado financeiro, a classe social de maior renda, como a guisa de exemplo, as aplicações financeiras, com taxas de juros generosas.

Tal elevação das taxas de juros, já era considerada como certa pelo mercado em geral e inevitável, tendo em vista que o governo federal,  utilizava a queda das taxas de juros como instrumento eleitoral, para alavancar os índices de popularidade da presidente Dilma, através do estímulo ao consumo de curto-prazo e a promessa messiânica de que o paraíso ou a salvação de uma sociedade, reside na aquisição de bens e serviços, a qualquer preço e sem  critério, fato que acarretou, no retorno do tigre inflacionário cobrando a conta da irresponsabilidade de se optar pelo modelo de crescimento econômico, com prioridade no consumo em detrimento dos investimentos, tão caros a nossa economia, que vive no flagelo, da falta de infraestrutura portuária, aeroportuária, rodoviária e afins.

Agora diante desta medida de austeridade na política monetária, a economia sofrerá um freio, tanto no que diz respeito ao consumo, como na taxa de investimentos, que hoje configura como uma das mais baixas desde o ano de 2009, estando em 18,4% do PIB do primeiro trimestre de 2013, o que não   é agradável para o setor produtivo, além do reflexo negativo na geração de emprego e renda, cujos indicadores de desempenhos econômicos, apurados nos próximos meses, deverão acusar uma desaceleração ainda maior do PIB (produto interno bruto), que no primeiro trimestre deste ano, amargou uma pífia taxa de crescimento de 0,6%, combinado com a queda do consumo das famílias, baixa produtividade da indústria e baixo crescimento do setor de serviços, para tristeza e angústia da equipe econômica, do ilustre professor Guido Mantega e preocupação para os coordenadores da pré-campanha eleitotral à reeleição, da presidente Dilma. Vamos aguardar!

José Alves de Azevedo Neto

Economista

 

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