Sem
Logística
Nos últimos dias o
cenário econômico e político de Brasília, gravitou sobre uma relevante medida
provisória para o Brasil, a MP dos Portos, cujo projeto original oriundo do
Palácio do Planalto, versa sobre a possibilidade de se privatizar os portos
brasileiros, que hoje pertencem ao poder público, e são explorados sob o regime
de concessão pela própria iniciativa privada. Tal medida visa dá maior
agilidade e busca minimizar os custos de embarque nos portos brasileiros,
considerados na atual conjuntura, como um dos maiores do mundo.
Relevante salientar que
o Brasil, não possui apenas gargalos na logística dos portos, temos também obstáculos
significativos, na logística de transportes que envolvem as rodovias, ferrovias
e aeroportos, que hoje, constituem entrave ao crescimento econômico do país,
basta verificar o momento em que ocorrem as generosas safras de grãos dos
estados produtores de soja, a consequência logo recai, sobre as redes de
escoamento deste produto que ficam interrompidas, com impacto negativo na tão
propalada curva do custo Brasil.
Não sabíamos até então,
que o Brasil apresentava outros tipos de gargalos, como por exemplo, o gargalo
político revelado pela fragmentação da base política do governo Dilma, que por
falta de uma articulação política eficaz por parte do Palácio do Planalto e das
lideranças do governo, o clima da casa parlamentar ficou insuportável, com
debates incompatíveis com pessoas que possuem o condão de representar a
população, tudo por conta dos interesses econômicos e financeiros existentes no
bojo da aludida medida provisório, fazendo com que os dois maiores partidos
políticos do país sócios do poder executivo, o PT e o PMDB, entrassem num
visível confronto.
Todavia, a despeito do triste
espetáculo patrocinado pela nossa classe política, guardando as devidas
exceções, a economia nacional apresenta bom desempenho, medida pelo Índice de
Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), considerado uma espécie de
sinalizador do PIB, avançou 0,72% em março ante fevereiro de 2013, fechando o
primeiro trimestre com alta de 1,05%, frente ao último trimestre de 2012. Vamos torcer para que os agentes econômicos
não se contaminem pelo clima negativo, provocado pelas discussões políticas em
Brasília e a economia siga o seu curso de possibilidades de crescimento
econômico, embora a espiral inflacionária ainda esteja sem controle,
comprometendo o poder aquisitivo da classe trabalhadora, através das excessivas
elevações dos preços dos bens e serviços.
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