quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sem Logística


Sem Logística

 

Nos últimos dias o cenário econômico e político de Brasília, gravitou sobre uma relevante medida provisória para o Brasil, a MP dos Portos, cujo projeto original oriundo do Palácio do Planalto, versa sobre a possibilidade de se privatizar os portos brasileiros, que hoje pertencem ao poder público, e são explorados sob o regime de concessão pela própria iniciativa privada. Tal medida visa dá maior agilidade e busca minimizar os custos de embarque nos portos brasileiros, considerados na atual conjuntura, como um dos maiores do mundo.

Relevante salientar que o Brasil, não possui apenas gargalos na logística dos portos, temos também obstáculos significativos, na logística de transportes que envolvem as rodovias, ferrovias e aeroportos, que hoje, constituem entrave ao crescimento econômico do país, basta verificar o momento em que ocorrem as generosas safras de grãos dos estados produtores de soja, a consequência logo recai, sobre as redes de escoamento deste produto que ficam interrompidas, com impacto negativo na tão propalada curva do custo Brasil.

Não sabíamos até então, que o Brasil apresentava outros tipos de gargalos, como por exemplo, o gargalo político revelado pela fragmentação da base política do governo Dilma, que por falta de uma articulação política eficaz por parte do Palácio do Planalto e das lideranças do governo, o clima da casa parlamentar ficou insuportável, com debates incompatíveis com pessoas que possuem o condão de representar a população, tudo por conta dos interesses econômicos e financeiros existentes no bojo da aludida medida provisório, fazendo com que os dois maiores partidos políticos do país sócios do poder executivo, o PT e o PMDB, entrassem num visível confronto.   

Todavia, a despeito do triste espetáculo patrocinado pela nossa classe política, guardando as devidas exceções, a economia nacional apresenta bom desempenho, medida pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), considerado uma espécie de sinalizador do PIB, avançou 0,72% em março ante fevereiro de 2013, fechando o primeiro trimestre com alta de 1,05%, frente ao último trimestre de 2012.   Vamos torcer para que os agentes econômicos não se contaminem pelo clima negativo, provocado pelas discussões políticas em Brasília e a economia siga o seu curso de possibilidades de crescimento econômico, embora a espiral inflacionária ainda esteja sem controle, comprometendo o poder aquisitivo da classe trabalhadora, através das excessivas elevações dos preços dos bens e serviços.  

 

 

 

  

 

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